ENFRENTANDO A MINHA TEMPESTADE
ENFRENTANDO A MINHA TEMPESTADE Caminhava sem rumo. Apenas caminhava, sem saber o que poderia acontecer pois a hora não era propícia para estar na rua. Madrugada de um dia de inverno úmido e noite sem estrelas, céu fechado, enferruscado e nervoso, vindo algum brilho apenas entre as nuvens extremamente escuras por raios que borbulhavam e ensurdeciam com seus altos rumores, causando medo a quem estivesse suscetível a medos. Eu não. Seguia em frente sem dar a mínima importância para todo o deprimente cenário que se apresentava à minha frente, a cada passo que dava. Não via ninguém nas ruas por onde passava. As casas todas enclausuradas, completamente fechadas e na mais plena escuridão, algumas atreviam-se a manter a luz acesa, provavelmente na tentativa de sair do breu que a madrugada proporcionava. Eu na rua, na completa e total solidão. Continuava minha caminhada sem saber para onde ir, apenas seguia em frente, naquela rua imensa, larga, com enormes árvores que revolviam pelo v...