VITIMIZAÇÃO

 Essa palavra, VITIMIZAÇÃO, está sendo muito, e cada vez mais utilizada ultimamente, de uns anos para cá, porque as pessoas não estão conseguindo mais se assumir como seres capazes de conseguirem algo, como seres capazes de fazerem algo. As pessoas estão sentindo-se incapazes de serem elas mesmas. As pessoas estão percebendo que elas não são nada além de elas mesmas num mundo tomado, repleto de pessoas iguais ou superiores a elas, não pensando, muito menos cogitando, a possibilidade de que há pessoas inferiores a elas, também. O poder da vitimização é tão grande, pois vem lá da tenra idade quando ainda nem sabe que é alguém, ou melhor, até sabe, mas ainda não tem a consciência disso. Na tenra idade, ou na idade de bebê, a criança já tem que chorar para chamar a atenção dos pais, tem que chorar para conseguir mamar, tem que chorar para tirarem xixi e cocô, e assim, foi acostumando seu cérebro, comandante geral de toda a vida, que para conseguir algo na vida que seguiu em frente, aos trancos e barrancos, não tanto com choros, porque já não eram mais convenientes e nem produtivos, mas com a capacidade de se vitimizar, de se achar inferior, que para conseguir algo tem que se dobrar, para seguir em frente tem que aceitar tudo e qualquer coisa que lhes apresentem. 

A situação a qual estamos passando nos dias atuais é exatamente isso: as pessoas se sentindo coitadas, espezinhadas, maltratadas, ofendidas, agredidas e tantas coisas mais que se vê e ouve nas redes sociais, na tv bem como em todo e qualquer veículo midiático que temos aos montes. Qualquer coisa, a mínima que seja, já é motivo para que a pessoa sinta-se vítima, e já querendo meter processo , para, claro, levar vantagem sobre alguém, não como punição pelo que lhes disseram sobre si, mas até como agradecimento - ironicamente, óbvio - por estar ganhando alguma grana em cima de algo que falaram de si. Mas lá no fundo, mesmo ganhando alguma grana - em certos casos o valor é bem alto mesmo - a insatisfação e a infelicidade reinam dentro delas. Aparentam estarem felizes, aparentam estarem poderosas, aparentam estarem soberbas, quando, no fundo do seu eu, está um coração amargurado, um pensamento de coitadinha, um pensamento choroso - a boca mostra um sorriso e os olhos expressam um choro - e as suas vidas se esvaindo numa aparência de falsa felicidade, falsa alegria, onde tudo é falso, onde reina a tristeza interior, onde paira desgraça disfarçada de festas homéricas, de baladas magistrais. Tudo isso movido pela incapacidade das pessoas não serem mais o que elas deveriam ser, e assim, se vitimizam, tornando-se pessoas que não se pode confiar, pois são inseguras; não se pode acreditar, pois não sabem o que dizem, não se pode conviver, pois não tem nada a acrescentar. 

A vitimização se transformou em doença, é uma pandemia que assola o ser humano, em todos pontos do planeta que haja ser humano. Agora é moda se vitimizar. Se vitimizar dá audiência. Se vitimizar dá lucro. Se vitimizar pode dar tudo que essas pessoas pensam estarem levando vantagem, mas na verdade está se destruindo como ser humano e sendo apenas um robô nessa vida onde até mesmo a IA (Inteligência Artificial) tem mais valor e significado do que elas mesmas. Mas não se dão conta disso e continuam com a vitimização, porque é conveniente, é o que elas conseguem fazer, é o que elas conseguem ser, porque não conseguem se responsabilizar por nada mais, a não ser futilidades de uma vida sem importância alguma.  

Estou escrevendo isso em função de dois vídeos que assisti ontem (04/01/24) de Lúcia Helena Galvão - adoro ouvir o que essa mulher diz - e ela fala coisas que escrevi em vários textos que já escrevi. A diferença é que ela se expressa com técnica, pela formação e experiência que tem na área, enquanto que eu escrevo o que me vem saltando do meu coração até minha mente, procurando demonstrar meus sentimentos em relação a como é nossa vida aqui na terra, como é nossa vida com outras pessoas, e tudo que devemos fazer para que sejamos felizes. Ela diz que as pessoas estão se vitimizando porque não querem sair daquela vida e enfrentar uma vida sem depressão, uma vida sem os remédios, uma vida sem tudo o que está acostumada, para não dizer viciada, por tanto tempo, como forma de mostrar às pessoas que ela age de tal forma porque está isso e aquilo (são palavras minhas porque não gosto de transcrever o que outros dizem, mas o que ela quis dizer nos vídeos é exatamente isso) por causa disso e daquilo. Isso é se vitimizar, para conseguir seguir em frente. As desculpas que a pessoa precisa inventar e dar para conseguir ser o que ela nem sabe mais quem é, tendem a crescer até se tornarem impossíveis de reverter. Assim vão se enganando a si e às pessoas que estão à sua volta. 

Tudo, tudo na vida tem solução, a não ser a morte - mas isso, a morte, não é motivo para nos deixar tristes, aniquilados, estáticos e sim uma motivação para aproveitarmos e realizarmos o máximo que pudermos nesse tempo que temos por aqui - tempo que não sabemos quanto será, por isso deve ser curtido, aproveitado ao máximo, sem neuras. Muitas vezes a solução que queríamos para nossa vida não é aquela que gostaríamos que fosse, mas temos que entender e pensar: Nem sempre a nossa vontade é a vontade de Deus. Nós fazemos nossos planos e Ele faz os dEle para nós. (Por isso, já falei em outros textos, não gosto e não tenho o costume de planejar nada, deixo tudo acontecer, porque o que tiver que ser, será, sem nenhum vestígio de vitimização).

Se vitimizar é se permitir. Se vitimizar é querer continuar a sofrer. Se vitimizar é admitir que não consegue nada mais do que ser infeliz.

Vamos parar com a vitimização? Erga a cabeça, eleva teu pensamento para Deus e chame Ele para junto de ti. Converse com Ele intimamente, dizendo-Lhe que quer sair dessa e seguir em frente como um ser humano digno como Ele quer que seja. É difícil? Com certeza que sim. Impossível? Com certeza que não, basta querer, basta acreditar, em si e em Deus. Lembre-se AGRADECER SEMPRE, POR TUDO. até mesmo pelas recaídas.

Meu propósito ao escrever é expor meu ponto de vista sobre os assuntos e com isso ajudar as pessoas que leem e acharem que podem mudar, seguir e aceitar conforme o que estou escrevendo, jamais ofender e nem agredir - isso não faz parte do meu eu. Deus nos abençoe.


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