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Conto: O MISTÉRIO DE INFÂNCIA

  O MISTÉRIO DE INFÂNCIA Eu tinha 13 anos, meus primos e primas entre 14 e 9; estávamos entre seis, e começamos a brincar de escutar vozes e coisas estranhas que aconteciam, principalmente à noite, ou em lugares abandonados ou ermos. Minha prima disse que sabia de uma atividade, não era brincadeira, era algo que ela tinha visto uma amiga da mãe dela fazer. Me pediu, como dono da casa, um copo e um caderno e caneta para poder escrever as letras do alfabeto, a palavra SIM e NÃO. Assim começamos todos a ajudar na execução da tarefa, para irmos mais rápido à tal brincadeira que não era brincadeira. A gritaria e a bagunça era generalizada, os ânimos já começavam a se exaltar, e ela, a experiente, pois já havia visto algumas vezes a realização da atividade, começou a falar que o avô dela, por parte de mãe, baixou, não apareceu mas fez perguntas e falou coisas através das letras e do copo. Começamos a ficar excitados com tamanha expectativa de algo sobrenatural, deveria ser legal. Assim era

DIA DO TRABALHADOR

  HOMENAGEM AO DIA DO TRABALHADOR Labuto por essa vida Sem saber o que quero ser Vou seguindo meus caminhos Sem saber onde vou chegar Mas um dia, sei que vou me encontrar Em algo que realmente possa fazer Não importando qual seja a lida; Trabalhando com sofreguidão Sem saber se é o meu futuro Mesmo assim, com toda dedicação Porque sei, esse é o meu ganha-pão Não pensando se é o que eu quero fazer Por todo resto de minha vida No momento é o que tenho Portanto, vou mostrar todo meu desempenho Para quem sabe, ser reconhecido E ganhar uma promoção! Seguindo na lida, mesmo sem emoção Pois o que interessa é ter algo a fazer E uma recompensa a receber Não pensando em qual seja seu valor Pra mim, tudo que faço tem um sabor Esperando algo novo encontrar Suprindo minhas necessidades imediatas Aguçando minhas infinitas curiosidades Que vão surgindo nos meus pensamentos Não importando que não seja o momento Mas ululam no meu ansioso coração

NEBLINA

 Ontem, dia 24/04/24, assistindo a série The Good Doctor, algum dos personagens na sua fala pronuncia a palavra NEBLINA, não lembro (não anotei a fala, apenas a palavra neblina para não esquecer de escrever sobre ela) e logo me acendeu aquela luz, o insight, e disse 'gostei desta palavra' e repeti várias vezes e tratei de anotar, e como já estava com o Blog aberto, digitei a palavra, mas, só agora que consegui sentar para escrever sobre NEBLINA. Não sei, sinceramente, o que vai sair, o que vou escrever, mas meus neurônios já estão borbulhando lá dentro da minha cabeça, meus pensamentos já estão se concatenando (se é que isso seja possível!), e a louça que espere, pois agora vou me neblinar. Quando o sininho tocou ao escutar a palavra neblina, logo imaginei, além da névoa normal que paira sobre todo espaço à nossa volta quando há um frio e um estado chuvoso, mas também, e principalmente, no meu momento de pensamento, como nossa vida pode estar enevoada, com muita neblina, nos im

CONFUSO

 O computador está ligado desde às 10h, tinha esperança de conseguir escrever algo, sobre alguma palavra, como sempre faço, mas as palavras que me vinham à mente não me provocavam a vontade, a inspiração, o desafio de escrever sobre elas, algumas, inclusive até já escrevi - agora é assim, antes de começar a escrever tenho que ver se já não escrevi sobre a palavra, aconteceu com INCÔMODO, então denominei como em outras, II -, e assim nada me fazia parar para digitar como sempre faço, as palavras, o assunto brotando e eu digitando. Mas, agora, a essa hora, 23h, me veio a palavra confuso, por ser o que mais tenho me sentido nas ultimas duas semanas: CONFUSO. Tenho feito muita confusão de dias, de horas, já pensei no que poderia ser, mas não consigo entender. Talvez, me ocorreu agora, a glicose que anda acima de 200 durante o mês todo. Sou diabético há 43 anos, e faço o controle quase diário. Nos últimos três meses andava baixa demais, chegando a estar 38 e o meu estado, quando isso aconte

AFINIDADE

 Não lembro qual foi o insight, gatilho, pensamento, inspiração que me ocorreu, para escrever sobre AFINIDADE. Pode ter sido de algum filme, pode ter sido de alguma recordação, memórias de um passado, de um presente, sei lá, realmente não lembro, mas tive que escrever na lista, em uma agenda que uso para meus repentes de inspiração, para escrever poesias que surgem do nada então devo correr para escrever, por isso peguei essa agenda, pois gosto de escrever poesias no papel, seja qual for o papel, mas sai, flui mais rápido, mas também, depois de algumas horas, nem sempre consigo decifrar o que escrevi, pois a letra, que já não é um primor escrevendo normal, imaginem acompanhando a rapidez do pensamento, da inspiração. Isso também é um tipo de afinidade: escrever poesias no papel. Escrevo poesias no computador também, mas o interessante, que no computador me possibilita escrever mais rápido, acompanhar mais a pressa do raciocínio, transcrever as palavras que brotam lá do fundo do meu inc

VERDADE

 Ontem, 11/04/24, ao lavar a louça do almoço, me veio uma palavra para escrever sobre ela. Era uma palavra muito interessante, daria uma boa conversa com os meus pensamentos e um belo exercício de encontrar as palavras para escrever, em resumo um desafio, mas que eu esqueci qual seria. Quando acontece isso devo largar o que estou fazendo e logo anotar para que não acabe esquecendo. E não teve jeito, até agora, neste exato momento, que tentei lembrar da tal palavra e o que me veio na cabeça foi VERDADE, e nem resquício da outra. Pois vai ficar para um dia, quem sabe, eu lembre dela. Como sempre digo, é porque não era a vez dela e não era pra ser. Então vamos para a VERDADE, que é uma palavra muito complexa, no seu exato significado e do que ela representa, mas, infelizmente tão pouco usada ou falsamente usada. Está cada dia mais difícil saber se o que se vê e se ouve é verdadeiro ou fake (mentira, falso). Está cada dia mais difícil de se discernir do que é verdade e do que é falso, porq

GESTAÇÃO

 Escrever sobre gestação surgiu no bingo de quinta feira passada (04/04/24) quando olhei para a porta de acesso ao salão, estava uma mulher, em pé, amamentando um bebê que me pareceu, pelo tamanho, deveria ter um a dois meses, e a mãe, entre 25 e 32 anos - normalmente minha capacidade de dar idade e acertar é bem grande, quase sempre acerto, algumas vezes erro mas fico no Desvio Padrão (atacando de professor de estatística de novo) com uma diferença de dois anos. Aquela cena me encantou, assim como sempre me encantou ver mulher grávida. Admiro e me toca profundamente ver uma cena tão sublime, tão íntima, tão importante e tão necessária, que somente a mulher pode ter e fazer. Olhei para minha prima que me acompanhava no bingo e mostrei para ela, que virou-se e viu a cena e sorriu, então lhe disse o quanto acho lindo ver uma mãe amamentando seu filho sua cria, e o quanto me sensibiliza ver uma mulher grávida. Então me veio o estalo, toquei em seu braço e disse: GESTAÇÃO, vai ser a próxim