POSTAGENS

Esse é o centésimo quinquagésimo (150) texto que escrevo nesse Blogger que criei do nada, mas veio num momento que era isso mesmo que estava precisando - escrever sobre meus sentimentos, modo de pensar, pontos de vista, trabalho, pessoas e coisas - para mostrar para as pessoas sobre como as COISAS podem ser diferentes daquilo que sempre pensaram, ou não, tudo dependendo de como as vimos. Não escrevo para me mostrar ser isso ou aquilo, não é mesmo. Escrevo para me sentir bem, assim como fazia quando era bem jovem desde os 10 anos, como já falei em outros textos. Escrevo porque sinto a necessidade de passar algo para alguém através das minhas palavras - por isso escolhi o titulo COISAS DE MENDES, porque sempre tive algo para oferecer a quem fosse que precisasse de algo e chegasse perto de mim, e eu percebia, sentia que algo eu precisava fazer: uma palavra, um abraço, um sorriso, um oi, uma mão no ombro, um puxão de orelha, sempre algo eu tinha para oferecer. E sempre escutei isso COISA DE MENDES. Escrevo sobre alguma palavra, quase sempre, salvo os dias de homenagens, porque sempre gostei das coisas objetivas, diretas, simplificadas, não no sentido de pouca quantidade, mas no sentido de entendimento e esclarecimento. Já me disseram que meus textos não são fáceis de ler - uma professora de português colega de uma das escolas que trabalhei, certa vez me pediu alguns textos, poesias, crônicas para ler, e quando me devolveu pediu para usá-las nas aulas de Literatura porque minha escrita era isso e aquilo, não consigo lembrar, acho que parnasianismo, romantismo e mais algum outro, mas com as minhas particularidades, e assim ela usou nem sei quantas, porque ela tirou cópia de todos e eram vários escritos; inclusive tinha uma aluna dela de outra escola que era minha aluna no curso técnico e veio me falar da linda poesia que a professora tinha dado para eles interpretarem. Eu me senti lisonjeado, quase um Machado de Assis, José de Alencar, Castro Alves, William Shakespeare, Edgar Alan Poe e tantos outros que sempre lia muito e admirava. No segundo grau, no Colégio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, também tive uma professora de Português e uma de Religião que levavam meus textos para trabalharem com eles na Literatura. Já escreví para um jornal aqui da região carbonífera mas logo retornei para porto alegre e não escrevi mais, até mesmo porque o dono do jornal me ligou dizendo que tinha pessoas querendo saber quem era esse Professor José Fernando Mendes que escreveu um texto que falava da precariedade do ensino, da educação e da política no Brasil. O título POLÍTICA E EDUCAÇÃO: AS VERGONHAS DO NOSSO PAÍS. Se não me falha a memória era esse título. Teve uma repercussão, como ele disse uma das maiores tiragens e também o telefone não parava com as pessoas querendo saber sobre. Me livrei do linchamento por falar a verdade, mas sem saber que aconteceria tudo isso, simplesmente mudei para Porto Alegre porque recebi proposta de trabalho numa escola da Ulbra em Sapucaia do Sul e não tinha como ir daqui pois era manhã e noite, e à tarde no Senac/Cidade Baixa. Isso foi em fevereiro de 1996. Nessa escola trabalhei por 8 anos e meio e também tive uma poesia publicada num livro da Ulbra e uma receita num livro de receitas selecionadas pelo sabor numa festa. Nessa escola, todos os eventos e datas festivas e comemorativas eu era incumbido de escrever alguma mensagem sobre o assunto, e assim eu fazia com a maior satisfação. Essa mesma poesia O AMOR, desse livro havia sido escolhida em 1995 num concurso da Prefeitura de Porto Alegre como as 50 melhores poesias da América Latina; saiu na ZH a relação de todos os "Escritores" selecionados, teve tarde de autógrafos, mas eu não pude ir. Algumas pessoas até me pediram autógrafo. Outro contato que tive com jornal também foi num Edital do jornal de Esteio e a diretora da escola pediu que eu escrevesse uma vez por semana sobre qualquer assunto. Após algumas edições ela me chamou na sala e disse que eu teria que mudar meus textos porque eram de difícil compreensão para aquele tipo de jornal, que deveria escrever mais fácil, isso foi em 2007. Eu deveria ter uns 17 anos quando minha irmã leu uma das minhas crônicas, QUEM SOU EU?, ela leu e disse que tinha lido numa revista aquele texto com outro nome, quando ela voltou encontrou a revista CONTIGO com o nome de outra pessoa, e eu tinha enviado para eles publicarem numa seção que pedia para leitores enviarem. Mas deixei por isso mesmo. Quando ainda trabalhava na Aços Finos Piratini, hoje Gerdau, uma amiga e colega me avisou de um concurso de conto erótico numa revista paranaense. Ela me deu o endereço e eu escrevi uma crônica A PRIMEIRA NOITE e enviei. Um mês depois recebi o comunicado que havia ganho o concurso do mês, acho que foi agosto, e era pra retirar nos correios o prêmio correspondente a 1 (um) salário mínimo da época. Eita tamanha felicidade, não tanto pelo prêmio, mas principalmente por ver meu nome na revista que eles me enviaram um exemplar: O VENCEDOR DO MÊS É O ESCRITOR JOSÉ FERNANDO MENDES. Participei por muitos anos em todas as edições do PRÊMIO REVELAÇÃO LITERÁRIA HABITASUL, nas modalidades crônicas, poesias e contos. Não fui classificado em nenhuma edição mas ficava feliz de receber a correspondência pelo correio da organização agradecendo a minha participação e contribuição. Também recebi um convite vindo dos Estados Unidos, da capital Washington para participar do CONCURSO LITERÁRIO DA CIDADE DE WASHINGTON. Na época já falava inglês e foi o máximo. Traduzi para o inglês um conto e enviei dentro de todas as normas para poder participar. E recebi também uma correspondência agradecendo a participação. Em 1996 comecei a ministrar palestras motivacionais A MOTIVAÇÃO COMO FONTE DE SUCESSO e outra MAKETING PESSOAL: PREPARANDO SEU PRÓPRIO MERCADO e ao final de cada palestra eu entregava uma mensagem com um abraço para cada participante, não interessava a quantidade de pessoas mas eu fazia questão e o legal é que todos esperavam. Que eu lembre são esses os momentos que tive contato com a literatura e agora me veio a oportunidade de voltar a escrever. São textos diferentes, chamo de texto porque não se encaixam em poesia, nem crônica - alguns até podem ser -, nem conto, são apenas textos narrativos descritivos que mostro como eu penso, como eu sou, quem eu sou e sempre procurando, espero estar conseguindo - tenho tido alguns ótimos retornos a cada texto escrito - tocar no coração e na mente de alguma pessoa que se dispuser a ler. O que fico pensativo é sobre a quantidade de pessoas que leem esses textos, porque vejo cada besteirol, cada coisa ridícula sendo exposta e centenas e milhares de pessoas lendo, curtindo, mas isso não me toca ao ponto de parar de escrever. Continuo enviando para as pessoas, quem quiser ler que leia. Gostaria que todos lessem e enviassem para outras pessoas, não para me ajudar, mas porque o texto diz algo interessante que vale a pena passar adiante. Vou continuar com minha proposta e aceito sugestões. Agradeço a todos que se dispõem a ler e me darem retorno, nem que seja com um coraçãozinho para me dizer que leu. Não creio ser um esforço muito grande fazer isso.

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