CORES

 Vou escrever sobre um assunto bem simples mas com um sentido, um significado muito importante em nossas vidas, embora muitas pessoas não se deem conta de sua importância. Vou escrever, como sempre, aquilo que me vem à mente e no coração, sem saber nada mais técnico, mais descritivo e explicativo sobre as cores de modo geral e de algumas, mais específico. O que sei sobre as cores é o que escuto de pessoas quando comentam sobre uma ou outra, não sei se as preferências que cada um de nós temos por alguma cor tem a ver com nossa personalidade, estado de espírito, idade ou apenas gosto mesmo. Eu gosto muito do verde, de uns 12 anos pra cá me chama mais atenção qualquer coisa que tenha verde, me sinto mais familiarizado, mais confortável e tantos outros sentidos que se estimulam que se manifestam quando vejo algo em tons de verde; mas lembro que por muitos anos minha cor preferida era o azul, não por ser a cor de homem, nunca dei importância para esses preconceitos, cada um usa e tem e gosta da cor que melhor lhe aprouver. Inclusive meu guarda roupa tinha muita roupa azul, de vários tons, assim como também tinha muito marrom, preto e cinza, e de uns anos pra cá tenho ocmprado e usado bastante o verde. O preto é básico no sentido de roupas, veste bem sempre, mas conforme a situação denota tristeza, sisudez e fechado para o mundo, trevas, obscuridade; o que no meu caso não combina com nada dessas palavras, simplesmente gostava de usar preto, às vezes colocava blazer, calça, cinta, sapato, meias, camisa tudo preto, sempre gostei do monocromático, como também usava tudo marrom, tudo cinza, tudo azul. Cansativo? Eu gostava e pronto. Nunca me importei com moda, com o estar de acordo com o que é moderno, com o que deve ser. Eu sempre comprei roupas que me sentisse bem. Tentei usar algumas cores diferentes, mas acabava sempre nas mesmas cores, sem nem perceber, quando chegava em casa me dava conta que repetia as cores. Até que consegui mudar e fui colocando mais colorido no modo de vestir, em fases diferentes da vida, amadurecimento ou não querer ficar velho, ou o convivio com pessoas mais jovens, sei lá, algo deve ter ocorrido e assim eu comecei a gostar também de cores mais vivas, embora preferisse os tons mais amenos. Nunca gostei de usar estampados, acho bonito nos outros mas não consigo usar, até tentei, não rolou. Nunca me perguntei o por quê de não gostar de algo que acho bonito, mas nunca me preocupei e nem pensei em saber. O que não me interessa não deixo ocupar espaço no meu cérebro, na minha mente, no meu pensamento. Todas as cores tem algo forte que a representa: o azul de diversos matizes do céu, que é motivo de tanta poesia, tantos suspiros, e também do meu time Grêmio; o verde da natureza, que nos encanta nas florestas, nas matas, árvores, plantas; o vermelho do sangue, líquido que sem o qual não podemos viver , indispensável para nossa vida, para nossa saúde; o amarelo da gema do ovo, um dos melhores alimentos, que já foi herói e também vilão, mas voltou a ser herói por suas propriedades a nós seres humanos. Amarelo do metal mais precioso ouro que orna dedos, pescoços e braços quando transformados em jóias para nos deixar mais bonitos, mais interessantes e demonstrar riqueza, pomposidade e poder - criação dos homens para se acharem melhor do que os demais que não usam que não podem. Essas são as cores primárias que, misturadas surgem tantas outras quantas quisermos fazer. As cores que não são cores, conforme um artigo que certa vez, há muito tempo, na época que fazia pós em Marketing e tinha que fazer um trabalho sobre o preto e branco, dizia que o branco é a inexistência de cor, enquanto que o preto é a falta de luz. Por isso, penso eu, que o branco nos remete a paz, ao pombo branco da paz, nos transmite tranquilidade, clareza e limpeza. O Preto realmente nos passa a falta de luz, daí vem o uso dessa cor em momentos sinistros, fúnebres, tristes, porque a falta de luz nos faz ficarmos tristes, Eu gosto e ainda uso o preto, mas não me sinto triste nem sem luz. Sendo assim, qualquer coisa que venhamos a sentir por estarmos essa ou outra cor, depende do teu estado de espírito de da tua fragilidade mental. É certo que quando a pessoa está triste, não está legal, não consegue usar roupas coloridas, não consegue sorrir com alegria e sim com uma sombra no canto dos lábios. As cores podem sim identificar as pessoas, o que elas são e quem são, pelo menos naquela tal fase de sua vida. Passamos por vária fazes em nossa vida, e em cada uma delas nos transformamos, há modificações imperceptíveis enquanto as estamos vivendo, mas posteriormente se explicam e entendemos o tudo por que passamos e o por que fizemos ou usamos isso ou aquilo. O outro lado das cores é o disfarce. Muitas pessoas usam roupas extravagantes, extremamente coloridas para esconder a escuridão do momento que está passando, esconder a tristeza que está dentro dela e não quer se mostrar. E como sabermos sobre que situação a pessoa está passando, como ela é? Basta prestarmos atenção aos detalhes, se é que importa, de como a pessoa anda agindo, a intensidade de sua fala , o jeito de caminhar, e tantas outras demonstrações que podem chamar atenção e se identificar, mas que o mundo de hoje não percebe porque a correria é intensa e tensa e não nos permite pararmos, mesmo que segundos para prestarmos a real atenção para as pessoas que nos cercam. Temos o termo AMIZADE COLORIDA, que representa uma relação além de uma amizade, que as cores representam a liberdade a intimidade que uma amizade mesmo que segura, forte, longeva não dá, é a cor na relação, a diversificação das cores que faz a amizade ficar mais caliente, mais picante, mais interessante e ao mesmo tempo descompromissada. Temos o Arco Iris que nos encanta por ser uma profusão de 7 cores lado a lado em forma de arco surgindo no céu após uma chuva com sol, Enfim, as cores fazem parte de nossas vidas, no nosso dia a dia sem muitas vezes nem nos darmos conta de que estamos com ela. Assim é a nossa vida: colorida representando o momento de alegria e felicidade e realizações ou preta e branca quando sem graça, sem nada de novo, sem , sem, sem. Qual é o teu momento querido amigo, querida amiga? 

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